Somente no Paraná, a indústria criou mais de sete mil vagas de emprego entre janeiro e maio deste ano. Segundo o estudo Tendências 2019/ 2020 elaborado pelo Observatório Sistema Fiep, as oportunidades de emprego do futuro exigem um conjunto complexo de habilidades, combinando competências técnicas e comportamentais. É aí que entra o conceito de hibridização, tendência profissional que já ganha amplitude em vários lugares do mundo, como nos Estados Unidos, onde 25% das ocupações caminham para isso, de acordo com um levantamento da Burning Glass Technologies. “São pessoas multidisciplinares, que transitam entre várias equipes e conseguem contribuir com os conhecimentos próprios da sua função. A principal capacidade de um profissional híbrido é saber se comunicar e se relacionar com diferentes áreas do conhecimento”, detalha Berenice Happel, gerente da unidade Dr. Celso Charuri, inaugurada este ano pelo Sistema Fiep.
Diante das novas oportunidades de trabalho, investir em capacitação conta muitos pontos em um processo seletivo. O mercado de educação, por sua vez, acompanha o ritmo e abre um leque de soluções para quem não tem tempo a perder – entre elas, os cursos de curta duração com foco no desenvolvimento de novas competências.
Novas tecnologias traçam novo perfil profissional
Processos automatizados e profissionais mais concentrados em contribuir estrategicamente para os negócios. Se máquinas e softwares ganharam espaço, o perfil de quem trabalha na indústria mudou e colocou a hibridização no centro das aulas ofertadas pelo Sistema Fiep. “As opções de curta duração permitem agregar novos conhecimentos àquelas competências que os profissionais já possuem. Quem tem conhecimento de uma área não precisa de uma graduação para desenvolver novas habilidades, pode inserir competências avançadas no currículo”, sinaliza Berenice.
Espírito empreendedor, olhos voltados para a inovação, agilidade para antecipar problemas e capacidade de buscar soluções em grupo. O objetivo de quem passa pelas salas de aulas da unidade Dr. Celso Charuri é entender como a hibridização de talentos pode melhorar a empregabilidade. Berenice Happel conta que a educação continuada nunca esteve tão em alta. “Manter-se atualizado por meio de eventos, grupos e tendências de mercado é uma estratégia para estar na vanguarda do mercado”, diz.
Trilhas são diferenciais da educação profissionalizante
A metodologia utilizada pelo Sistema Fiep é desenvolvida para promover o crescimento profissional com base na hibridização. Na Dr. Celso Charuri, as atividades são organizadas em trilhas, e Berenice detalha como funcionam: “a Trilha da Programação promove o desenvolvimento da linguagem de programação e robótica; a Trilha Inventores Conectados une aulas de robótica, programação e cultura para que alunos coloquem a mão na massa; já a Trilha Aprendendo com a Indústria ensina a desenvolver protótipos baseados nos conceitos da indústria 4.0 e nas demandas do setor”.
Para que a formação seja completa e assertiva, os alunos colocam toda a parte teórica em prática enquanto cumprem a grade curricular. “Consideramos métodos e linguagens diferentes em áreas de tecnologia, gestão e aptidões psicossociais. O processo de aprendizagem é bastante dinâmico, há muita interação entre conhecimento e inovação”, diz Berenice. Ela destaca, ainda, que os cursos podem ser realizados de maneira sequencial ou de forma independente, de acordo com o objetivo profissional de cada aluno. “Nosso objetivo é formar profissionais com uma base sólida para serem protagonistas em diversas áreas com ênfase em soluções tecnológicas”, encerra.
Educação para trabalhar na indústria
Por meio de suas diversas instituições de ensino, o Sistema Fiep vem preparando profissionais para o mercado de trabalho na indústria 4.0. Nas Faculdades da Indústria, a Pós Unique é uma pós-graduação semipresencial customizada de acordo com a necessidade e interesse dos alunos. São quatro áreas de conhecimento ¬– inovação, técnicas, estratégicas e relacionais –, com grade curricular 100% flexível que possibilita a escolha das disciplinas pelos próprios alunos. As aulas presenciais são realizadas no Campus da Indústria, em Curitiba.
Outro ponto forte de atuação do Sistema Fiep é o ensino bilíngue. É o caso do Tech IT, do Senai no Paraná, que tem módulos em português e inglês. A grade curricular contempla áreas inovadoras como inteligência artificial, automação residencial, computação nas nuvens, internet das coisas, realidade virtual e cidades inteligentes.